Canção de Led (Marcio Gredilha)

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Canção de Led

Quando ouço esta música imagino uma escadaria
Que me eleva para dentro de mim
Meu mundo de sombras
Onde sou dominado por meus medos
Onde todos os meus demônios
Lutam contra mim
Na ânsia de despertar
Para minha realidade materialista
Os acordes desta guitarra maldita
Me conduzem numa viagem astral
Desde a velha cidade de Eridú
Até aos confins do norte
Onde os guardiões dançam loucamente
Sobre a sepultura de seus pais
Fumando seus baseados de nêutrons
Para o desintegrar das eras...

Quando acordo desta transe
Nesta melodia suavemente
As pedras da moralidade me atingem
Sinto que as bactérias me desejam
Atraídas pelo odor de meu sangue anêmico
E de minhas chagas apodrecidas
São os vermes
A substância essencial do dia da manipulação

A bateria diabolizada
Acelera os passos na escuridão
Anti a dor de todos os escravos
Da quarta dimensão

Ao último entoar
Alguém pede perdão
Por tanta transgressão nos olhos
Vejo a luz de 'Led'
A sucumbir entre seus irmãos
Entre os adoradores de 'Marduke'
Os versos da canção
Petrificam meus neurônios
(...)

Marcio Gredilha

Sobre o autor

Estudante, blogueiro, crítico e, nas horas vagas, aprendiz de poeta.

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