Primavera
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As rosas beijam a ramada,
Nos céus o labutar de um vento.
Desfalece agora de derramamento...
A paixão na arte desfraldada.
Nas pétalas o rubor do encantamento,
Perdem-se... A paisagem perfumada,
Em sorrisos de têmpera florada,
As redomas folhas do relento.
Quando a morte abre as flores:
Um triste revoar na atmosfera...
E o relembrar das pequenas dores.
Oh, Deus... A solidão me espera!
Permita em mim nascer as cores.
De uma doce eterna primavera.
(Marcio Gredilha)
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